A amiga de Freddie Gray e testemunha da prisão,
Yvette Barnett, em entrevista ao site “World Socialist Web Site”, afirmou
que um policial deu um joelhaço nas costas do jovem e que, quando ele foi
enfiado na gaiola de um camburão, “ele ainda estava berrando [de dor]”:
“mãe, me ajuda, mãe!”. Ela acrescentou que os policiais tinham de “ir para a
prisão como qualquer cidadão” por terem feito alguém “gritar com tamanha
dor”. “Já estou sentindo a falta dele [Freddie]”.
Yvete contou que ela, Freddie e alguns outros
jovens “estavam caminhando juntos”. “Eu estava pronta para voltar para casa,
mas quando eu vi os policiais de bicicleta caçando Freddie, voltei. Ele
estava correndo. Eles o estavam caçando porque ele tinha feito algum tipo de
contato por olho com a polícia. Eu ainda estou tentando descobrir porque
eles o caçaram porque não havia qualquer razão”.
A jovem acrescentou que eles devem ter começado
a espancar Freddie em um dos becos lá atrás. “Eu sei que eles o espancaram
porque na última vez que o vi ele estava caminhando, e menos de cinco
minutos depois a polícia o estava arrastando”. “Eram os mesmos seis
policiais”, asseverou.
“Eu os vi o arrastando exatamente aqui onde
alguém removeu o memorial [em sua homenagem] que nós montamos”. “Então um
policial deu um joelhaço nas costas [de Freddie]. O policial me disse para
voltar, mas não o fiz. Eles simplesmente me disseram para ir embora ou eles
iriam me prender”. Freddie começou a gritar ‘mãe, me ajuda, mãe!’, denunciou
a amiga. “Eles o jogaram na gaiola na parte de trás da viatura e ele ainda
estava berrando de dor”.